Com as evoluções tecnológicas o volume de dados e suas análises vem aumentando como uma consequência e necessidade de exploração dos achados que podem estar inclusos nos dados. O Business Intelligence (BI) que não é uma estratégia de análise de dados tão nova, também vem crescendo nesse contexto. Uma tomada de decisão em nível mais inicial minimamente vem sendo cada vez mais orientada a dados e o BI rapidamente fornece insights para tais esse perfil de decisões. Recentemente venho pesquisando sobre documentação para BI, a partir de fonte em português para entender como está a produção nacional. Acredito que não seria muita novidade dizer que ainda tem espaço para a produção de títulos nacionais nesta linha. Não temos muitos títulos falando da parte de pré-produção de um BI, principalmente no que tange ao planejamento e documentação para uma implantação. Para fins de compreensão do propósito desse texto, ele se trata de um registro de investigação que pode ser considerado como um ensaio de um artigo de proposição de ferramenta, a partir de um relato de experiência. Retomando aos achados da pesquisa sobre documentação para BI, dentre os títulos que identifiquei posso destacar o livro BI Como Deve Ser: O Guia Definitivo de Diego Elias e Grimaldo Oliveira. Este livro apresenta a abordagem inicial a construção de um BI que lida com a identificação das necessidades do cliente, definição de medidas e dimensões e posteriormente identificação das origens dos dados a serem extraídos para o ambiente do BI. De forma complementar ao livro existem cursos por vídeo aulas que orientam a execução desse levantamento de requisitos e preparação do BI, disponibilizando ainda planilhas estruturadas para a realização deste trabalho. Antecipadamente, destaco que o uso de ferramentas de ETL com interface visuais e modelos de dados favorecem muita a visualização estruturada dos dados, mas esta pesquisa tem um viés de entender conceitualmente uma estrutura de documentação para BI, sem a utilização ou dependências dessas ferramentas. A apresentação dos fundamentos e planilha de suporte são recursos bastante estruturantes para a consolidação de conhecimentos sobre a preparação de um BI. Contudo, diante do mercado e da velocidade exigida tomei a liberdade de implementar algumas otimizações na estrutura proposta. Foram disponibilizadas duas planilhas, a primeira contendo uma matriz de necessidade, na qual eram identificados quais dados fundamentariam a construção das medidas do BI. Se tratava realmente de uma matriz, pois, bem a esquerda, nas linhas eram registradas as referências dos dados (numéricos ou categóricos) como nomes, tipos e valores ainda podendo criar em uma linha superior as demais uma marcação que separar os grupos de dados, caracterizando as dimensões. Enquanto na parte superior, organizadas pelas colunas eram representadas as tabelas fatos e logo abaixo eram adicionados os nomes das medidas. Uma marcação como um check entre as linhas e colunas como uma batalha naval apontada a relações entre os dados que compunham determinada métrica. A segunda planilha era relativa ao trabalho mais técnicos de identificação dos dados propriamente ditos, com ênfase na identificação das tabelas e colunas correspondentes aos dados em um determinado banco de dados. Esta planilha não perdia de vista a organização da primeira. Também preservava as referências aos dados de dimensões e fatos, mas neste caso, reunindo informações sobre colunas de banco de dados, posições de arquivos entre outras origens de dados necessários para as medidas requeridas. Esta planilha se separava em duas abas, uma para as dimensões e outra para as tabelas fatos e as medidas. Nas linhas se mantinham os conceitos e em coluna se identificavam as origens dos dados como tabelas ou visões do banco de dados, os respectivos campos ou colunas e possíveis relações Após a avaliação das planilhas a hipótese levantada foi verificar se era possível estruturar os dados de forma a evitar o uso de duas planilhas, porém mantendo a estruturação dos dados de forma consistente, informação com propósitos diferentes, mas convergentes seriam mantidos em uma mesma aba de uma nova planilha. Avaliando a estrutura dos arquivos foi possível notar que ambos preservavam a estrutura de dispor em linhas as informações conceituais sobre os dados (exemplo: nome para a dimensão profissional) ou as referências aos atributos para as dimensões ou métricas para as tabelas fatos e em coluna dispõe a composição entre as relações dos dados (valor e categórica) que compões uma métrica) ou origens físicas dos dados (tabela e visões, campos e relacionamentos entre os dados). A partir da compreensão estrutural das planilhas foi possível traçar uma estratégia para elaborar um artefato para validar a hipótese que era possível dispor todos os dados em uma só aba e planilha. Para tanto a estratégia estabelecidas foi separar os conjuntos de ações percebidas conforme o livro e vídeo aulas que se mostraram necessárias para documentar uma estrutura de BI. O resultado da planilha consolidada de documentação do BI pode ser vista na Figura 1, a mesma foi estruturada a partir das seguintes ações: Semântica definindo características pertencentes aos dados de negócios fundamentais para a construção do BI, (1.1) a definição das medidas e modelagem conceitual (textual) das tabelas do BI, esta ação tem ainda um (1.2) conjunto de legendas para estabelecer as interações entre os dados, (2) o mapeamento da carga dos dados, e por fim (3) a definição dos gráficos. Essa foi a ordem de construção do template de documentação, mas não significa que seja única ordem possível de execução. Ao final do texto serão explicadas algumas alternativas para a forma de uso do documento. A Figura 1 apresenta um exemplo de uso da planilha com dados já inseridos de forma a apoiar a explicação. O contexto do exemplo se trata de uma empresa de varejo, onde são identificados as vendas, os vendedores, uma classificação de regiões dos clientes que compraram, estabelecida na cidade sede da empresa, as categorias e o custo dos produtos vendidos, além de um olhar dessas métricas ao longo dos meses e anos. Este é um exemplo hipotético e para fins didáticos de explicação da planilha resultante, assim é possível que


